Fenômeno do Enem chora ao lembrar sapato furado e preconceito na escola
'Se fosse ao colégio de chinelo, as pessoas se distanciavam. Isso machucava muito e ainda machuca', lembra João Vítor
Foto RWRC TV
"Ele nem dormia e nem assistia televisão. Só estudava. Eu não tive a oportunidade deles. Tentei passar o que eu não tive para eles. Não basta só colocar no colégio. Tem que acompanhar e cobrar. O João sempre gostou de estudar e reparei que ele faltou dois dias. Vi que tinha alguma coisa errada e ele me falou que o sapato dele furou. Não era por causa de um sapato que ele não ia terminar os estudos. Falei com meu pai e ele comprou um sapato para ele voltou a estudar", revela.
João se emocionou muito ao ouvir a história ser contada pela mãe. "É muito difícil falar sobre isso. A questão não foi o sapato em si. Se eu fosse de chinelo, por exemplo, as pessoas me olhavam de jeito diferente, de olhar torto. As pessoas não falavam comigo e se eu fizesse algo diferente, eles se distanciavam e me tratavam como se eu fosse doente. Isso machucava muito e ainda machuca", conta.
Depois de dar um abraço no estudante, Fátima aproveitou o momento para incentivá-lo: "Nós também estamos emocionados. É muito bonito ver uma dedicação tão grande e, ao mesmo tempo, ver a sua história contada e exposta para todo mundo. Algo que eu sei que foi um sofrimento, porque ninguém gosta de não ter um sapato para ir para a escola. O que está todo mundo admirando é o que você conseguiu fazer". Essa materia e outras neste link, http://gshow.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2014/12/fenomeno-do-enem-chora-ao-lembrar-que-so-sapato-furado-o-fez-matar-aula.html
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