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terça-feira, 25 de junho de 2013

Brasil x Uruguai, Itália x Espanha: clássicos de muita história

 
 
Brasil x Uruguai e Espanha x Itália. As semifinais da Copa das Confederações contarão com dois clássicos continentais, elementos mais que bem-vindos para acirrar a disputa pelas vagas na decisão. Dois confrontos com uma história riquíssima e com apelos que deverão vir à tona várias vezes nos próximos dias: o Maracanazo de 1950 e a final da Euro de 2012.

As história dos dois derbies, entretanto, vai muito além de seus principais capítulos. Brasileiros e Uruguaios se enfrentaram pela primeira vez em 1916 e, desde então, disputaram 73 jogos, 36 por competições internacionais – e a vantagem é da equipe canarinho, com 33 vitórias. Já espanhóis e italianos tiveram seus caminhos cruzados menos vezes, com 27 confrontos. E o equilíbrio impera com oito vitórias para cada seleção, ainda que as únicas derrotas da Azzurra em competições oficiais só tenham vindo depois de 2008.

Nas próximas linhas, relembramos os maiores episódios dos dois clássicos. Obviamente, as ocasiões mais célebres ganham espaço, mas também mostramos que o passado guarda outras grandes batalhas. Confira:

BRASIL x URUGUAI
Brasil 1×2 Uruguai
Decisão da Copa do Mundo de 1950
Gols: Friaça (Brasil); Juan Alberto Schiaffino e Alcides Ghiggia (Uruguai)

A fatídica final da Copa do Mundo de 1950 contava com um contexto mais profundo do que se costuma apontar. Brasil e Uruguai já tinham se enfrentado por três vezes naquele ano, com duas vitórias brasileiras, mas sempre com placares apertadíssimos. O time de Flávio Costa sobrava no Mundial e precisava apenas de um empate para ficar com a Jules Rimet, mas desabou em lágrimas junto com o Maracanã após o gol de Alcides Ghiggia.

Brasil 3×1 Uruguai
Semifinal da Copa do Mundo de 1970
Gols: Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino (Brasil); Luis Cubilla (Uruguai)

O fantasma de 1950 assombrava o Brasil 20 anos depois. O reencontro das equipes em uma Copa aconteceu no México, durante a campanha do tri. Porém, Pelé e todos os craques ao seu lado trataram de espantar o passado com um triunfo irretocável, em que o brio dos brasileiros foi marcante. O Rei não balançou as redes nesse dia, mas será sempre lembrado pelo tento que deixou de anotar após o drible desconcertante em Ladislao Mazurkiewicz.

Brasil 1×2 Uruguai
Final do Mundialito de 1980
Gols: Sócrates (Brasil); Jorge Barrios e Waldemar Victorino (Uruguai)

O Mundialito de 1980 não é uma competição oficial, mas ficará marcada na história pelo alto nível. Para comemorar os 50 anos da Copa do Mundo, cinco campeões mundiais, mais a Holanda (que substituiu a Inglaterra), disputaram a taça em Montevidéu. Na decisão, o Brasil contava com um protótipo do time que encantaria na Espanha em 1982, mas não teve sorte contra a Celeste, que fez as honras da casa com o triunfo por 2 a 1.

Brasil 2×0 Uruguai
Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994
Gols: Romário, duas vezes (Brasil)

O Brasil corria riscos de ficar de fora da Copa de 1994, precisando da vitória na rodada final das Eliminatórias. Recebia o Uruguai no Maracanã, pressionada pela situação delicada. Coube a Carlos Alberto Parreira promover a volta de Romário, que já tinha sido carrasco dos uruguaios na final da Copa América de 1989. E ao baixinho acabar com o jogo, anotando os dois tentos na vitória da seleção e dando uma mostra do que seria capaz de fazer nos Estados Unidos, na campanha do tetracampeonato.

Brasil 1×1 Uruguai (nos pênaltis, 5 a 3 Uruguai)
Final da Copa América de 1995
Gols: Túlio (Brasil); Pablo Bengoechea (Uruguai). Nos pênaltis, Roberto Carlos, Zinho e Dunga (Brasil); Enzo Francescoli, Pablo Bengoechea, José Óscar Herrera, Álvaro Gutiérrez e Sergio Daniel Martínez (Uruguai)

O Brasil não contava com o mesmo time que havia conquistado a Copa do Mundo um ano antes. Pouco importava. O triunfo era importantíssimo para o anfitrião Uruguai, que pretendia não apenas bater os rivais, como também retomar o posto de maior campeão da história da Copa América. A conquista suada do time de Enzo Francescoli só saiu nos pênaltis, graças à cobrança perdida por Túlio.

ESPANHA x ITÁLIA

Espanha 0×1 Itália
Quartas de final da Copa do Mundo de 1934
Gol: Giuseppe Meazza (Itália)

O primeiro grande jogo entre Itália e Espanha aconteceu na Copa de 1934. No primeiro encontro, empate por 1 a 1 em Florença. Como o regulamento não previa prorrogação ou pênaltis, uma partida extra foi disputada no dia seguinte. Melhor para a Azzurra, que aproveito o fato de o mítico goleiro Ricardo Zamora ter se machucado para vencer por 1 a 0, gol do craque Giuseppe Meazza.

Espanha 0×1 Itália
Fase de grupos da Eurocopa de 1988
Gol: Gianluca Vialli (Itália)

Em um tempo no qual a Euro contava com apenas oito clubes, cada vitória era fundamental na caminhada rumo ao título. E a Itália conquistou um resultado importantíssimo na segunda rodada, contra a Espanha. Gianluca Vialli anotou o tento que garantiu o triunfo sobre a Fúria de Emilio Butragueño, em um jogo marcado pela resistência das defesas. No fim das contas, a Azzurra chegou até as semifinais, caindo para a União Soviética.

Espanha 1×2 Itália
Quartas de final da Copa do Mundo de 1994
Gols: José Luis Caminero (Espanha); Dino Baggio e Roberto Baggio (Itália)

A Itália vinha sofrendo na Copa de 1994. Passou aos mata-matas como terceira colocada em sua chave e só eliminou a Nigéria nas oitavas com um gol na prorrogação. Outra vez, o time de Arrigo Sacchi teve trabalho. Começou em vantagem contra a Fúria, tomou o empate logo após o intervalo e só conseguiu assegurar a classificação aos 43 do segundo tempo, em um belo gol de Roberto Baggio.

Espanha 0×0 Itália (nos pênaltis, 4 a 2 Espanha)
Quartas de final da Eurocopa de 2008
Gols: Nos pênaltis, David Villa, Santi Cazorla, Marcos Senna e Cesc Fàbregas (Espanha); Fabio Grosso e Mauro Camoranesi (Itália)

A hegemonia atual da Espanha fez da Itália, então campeão do Mundo, uma de suas primeiras vítimas. Os italianos vinham em campanha oscilante na primeira fase, mas conseguiram segurar o empate por 0 a 0 contra a Roja em Viena, apesar da pressão sofrida. Na disputa por pênaltis, todavia, Iker Casillas tratou de fazer justiça aos espanhóis ao garantir a classificação para as semifinais, defendendo as cobranças de Daniele De Rossi e Antonio Di Natale.

Espanha 4×0 Itália
Final da Eurocopa de 2012
Gols: David Silva, Jordi Alba, Fernando Torres e Juan Mata (Espanha)

O favoritismo virtual da Espanha não se imprimia na disputa da Euro 2012. Enquanto a Fúria avançava com um futebol burocrático, a Itália encantava com uma campanha contundente. Quando as duas seleções cruzaram na final, entretanto, o massacre foi vermelho. Os espanhóis colocaram a Azzurra na roda e deram a maior prova de sua força com a goleada por 4 a 0, na qual foram muito além dos toques de lado do tiki-taka. Confira matéria completa no link com videos  

http://trivela.uol.com.br/blog/trivela/brasil-x-uruguai-espanha-x-italia-dois-classicos-de-muita-historia

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