Hora certa do Pataquito Aquiraz - CE

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

R A D I O A M A D O R I S M O

Até parece um EDITORIAL

Aqui já escrevi de tudo para os amigos que acompanham as minhas informações neste blog, só não tenho me dedicado muito a falar do que mais AMO, claro depois da minha FAMÍLIA, que é a comunicação, o microfone empunhado seja ele, da Rádio difusão ou do RADIOAMODORISMO, os dois têm uma grande diferença, no Radioamador os nossos erros de concordâncias são interpretados de maneira mais aceitável, porque mais aceitáveis? Porque geralmente os nossos comunicados são de informações de igualdade, um bate-papo familiar, sem diferenças de graduações, somos todos iguais levando informações dos acontecimentos das cidades em que estamos interagindo, às vezes uma ajuda à procura de um medicamento, uma pessoa, um recado familiar, enfim, colhendo uma boa amizade de “Macanudo” de outro município, estado ou mesmo outro país.

Já na RADIODIFUSÃO, a responsabilidade da comunicação é cobrada de uma maneira mais competitiva, devido à audiência das demais emissoras, com os seus classificados profissionais, que são cobrados pelos seus coordenadores, redatores e os próprios companheiros RADIALISTAS ou JORNALISTAS, onde alguns deles se ligam mais em observar os programas concorrentes para flagrar e comentar os erros de concordâncias dos companheiros.
É essa uma das diferenças, na comunicação além das cobranças dos patrocinadores que desejam ver os seus produtos no comércio bombando nas prateleiras do mercado.

E diante destas competições aí... amigo, pinta de tudo: o profissional da comunicação ao sair para vender o seu trabalho por um bom preço no mercado é surpreendido pelo amigo também sobrevivente daquele produto, onde deixa o seu cliente em dúvida com o produto oferecido que é a sua voz, matéria prima de sobrevivência com preços diferenciados.
http://www.youtube.com/watch?v=JmeIfDCX_cw
O ideal seria procurar reciclar as suas programações, interagindo com o público ouvinte, que ele sim, em minha opinião, é a mercadoria de maior valor, e não os erros gramaticais dos seus companheiros.

No RADIOAMADORISMO os erros quando vem acontecerem, são corrigidos de maneira mais fraternal pelos irmãos Radioamadores, se um erra, após aquele “QSO”. Os amigos se telefonam e se orientam fazendo com que aqueles erros não venham acontecer posteriormente.



Os valores na sociedade são iguais, nas ondas dos rádios, porque fazem uso paralelo de utilidade pública, um fatura para sobreviver o outro gasta como lazer sem fins lucrativos, e neste jogo de comunicação existem o que chamamos de RADIOESCUTA ou mesmo de CORUJA, que são aqueles que têm o RÁDIO como seu melhor amigo, nas horas de solidão, na hora de dormir, enfim........ Rádio é Rádio.

Eu mesmo me rotulei RADIOESCUTA ou CORUJA, tenho no meu gabinete, que leva o nome do meu melhor amigo “GABINETE E STUDIO FRANCISCO SALES CARVALHO (INMEMORIA)” equipamentos que me dá o prazer de escutar com os meus simples equipamentos, um bom bate-papo familiar, uma boa declaração de amor... de um pólo ao outro, e como fui educado radiofonicamente a não interferir (quando não é feito um SOS), fico vibrando com as declarações e saudades amorosas e ficar torcendo pelo reencontro dos dois amantes familiar, amigos tenho tantas histórias em rádioescuta que vocês não imaginam e se eu fosse contar, talvez para quem não conhece o radioamadorismo abriria o direito de duvidar e chamar-me de mentiroso.

Irei relatar uma das minhas ajudas no radioamador em PX (Rádio Cidadão) precisamente: Um belo dia estava eu, na calçada do meu IBGE, aqui mesmo em Fortaleza no intervalo do almoço, e uma senhora chamada Dona Juraci, que tinha aproximadamente uns 80 anos, mas, muito lúcida, fazia até, jogo do bicho, que existia na época aqui em Fortaleza, isso pelos anos 1985. Chegava a mim, essa senhorinha e me indagava: o senhor é que tem um Rádio que fala com o mundo inteiro? Eu, respondi que sim. Relator a D. Juraci o seu desejo que era encontrar seu filho que teria ido a São Paulo em 1958 e não mais teria notícias suas, só na sua chegada por lá, não sabia a senhora, se o filho era vivo ou não, seu marido já havia falecido, e ele seu filho, não teria conhecimento do fato até aquela data.

Eu respondi a ela, que não seria muito fácil encontrar, mas se ela tivesse algum endereço dele, que ela pudesse me guiar, como uma última carta de contato ou algo parecido eu iria tentar, no dia seguinte ela me chega com uma carta tão velha e rasgada que mal dava para se ler, ela guardava como lembrança, coisa de mãe, que vocês conhecem muito bem.

Na mesma noite fui para o Rádio, a nossa antiga e conhecida RODADINHA DOS APRESSADOS, que existe até hoje no canal 23-USB, frequência de 27.235, que tinha como âncora meu saudoso amigo SALES PX&-B-0168, e fiz um CQ GERAL(Que é uma chamada para saber se havia alguém na escuta) mandado por DEUS ou não, quem sou eu para contestar, me aparece um quase xará JONAS (Motorista de TAXI) em São Paulo, relatei a história repassei o velho endereço e ficamos todos os dias na mesma frequência se comunicando, encontramos um paradeiro do cidadão, teria ido para Belo Horizonte - MG.

Até aí teríamos a certeza de que ele estava vivo, falei para D. Juraci, desta esperança de encontrar o seu filho querido, ela encheu os olhos de lágrimas, agora mesmo, fico emocionado relatando este momento, como se vivesse aquele dia de alegria junto com ela, cheguei abraçá-la e chorarmos juntos, falei brincando para ela, D. Jura, iremos encontrar seu filho nem que seja no cemitério, lhe darei o número do túmulo que ele esteja sepultado. (Brincadeira de minha parte com ela).

Outra chamada geral, desta feita para Belo Horizonte, um cidadão contestou Fortaleza, me identifiquei como PX7-B-1443 Jones Cavalcante, falei desta força tarefa de encontrar o Wladimir que teria saído de Fortaleza para São Paulo em 1958 e até aquela data, não sabia a senhora sua mãe, já com idade bem sofrida pelo tempo e a ansiedade de saber se seu filho estava vivo ou não.

Claudio era o nome do Radioamador que trabalhava na entrega de malotes do Banco ITAÚ, começa a nossa luta, dedicação total por parte dele e de minha parte a empolgação de concretizar toda essa história, que terminou com um final feliz, Wladimir estava vivo era garçom em um restaurante famoso de Minas (que não me recordo o nome) casado, pai e avô e que no mesmo ano veio a Fortaleza visitar a sua querida mãe.

É uma história que guardo como um dos troféus mais importante que tenho, na minha apaixonada vida de comunicação, claro que tenho algo que para mim representa muito na Radiodifusão guardo como uma lembrança muito boa, as noites vividas na Av. Domingos Olímpio, cobrindo o carnaval de Rua pela rádio Cidade 860-AM, ao lado de Pedro Sampaio, Dr. Nelson Quezado, Dep. Ferreira Aragão e coordenado pelo melhor coordenador do rádio cearense Flávio Moreira, que ao encerrar a jornada na madrugada para o raiar do sol um belo jantar misturado com café da manhã era oferecido para os repórteres e técnicos na cansativa e gratificante cobertura carnavalesca, na mesa já rolava os comentários para jornada da noite seguinte, guardo essa também como um troféu na minha vida Radiofônica.
Jones Cavalcante PT7-RU e PX7-B-1443

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