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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casagrande diz que excesso de jogos afasta telespectadores e aprova convidados

Crédito da imagem: Reinaldo Marques/TV Globo

Francisco De Laurentiis*
Do UOL, em São Paulo 

Enquanto boa parte dos times brasileiros ganha cada vez mais dinheiro com patrocínios e tira jogadores da Europa, como Seedorf, Forlán e Alexandre Pato, a audiência do futebol na TV aberta segue caindo a ano a ano. Em 2010, por exemplo, a Globo marcava média de 21 pontos** no Ibope com a bola rolando. Já neste ano, o número é 17,4 – uma queda de 17,1% nos últimos três anos.

Vários motivos são dados como explicação sobre o porquê da redução da audiência, como o aumento das opções de lazer e o baixo nível técnico das partidas. Mas, para quem está diretamente ligado às transmissões, o problema é outro.

Walter Casagrande

Walter Casagrande

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Segundo Walter Casagrande, principal comentarista da TV Globo, o excesso de jogos sem importância e a falta de partidas decisivas são os principais fatores que vêm afastando os telespectadores das rodadas do futebol. Em entrevista ao UOL Esporte, Casão disse que apenas duelos mais atrativos dão audiência, e também aprovou uma das medidas adotadas pela emissora para tentar reerguer a audiência.

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"Eu faço muitos jogos, e vejo que, nas grandes partidas, a audiência é bem alta. Acho que o excesso de jogos prejudica demais… Toda hora passa muito jogo, futebol vira uma coisa corriqueira. Antigamente, passava muito menos, cada jogo era uma atração", diz o comentarista, que, recentemente, lançou sua autobiografia.

"Hoje, as pessoas só se interessam quando o jogo é legal, decisivo. Jogo de Libertadores, por exemplo, dá audiência altíssima. Finais também sempre vão bem (na audiência). Até os jogos da seleção, mesmo sem serem por campeonatos oficiais, continuam dando bons números. Quando o evento é bom, todo mundo quer ver. Quando o evento é 'mais ou menos', as pessoas pensam duas vezes", completa

Casagrande, aliás, diz que não é apenas a audiência do futebol que está caindo na TV: "O Ibope televisivo está em declínio em todas as áreas. Hoje, as pessoas tem internet e um monte de outras coisas para passar o tempo. Não é só o futebol que está caindo. Tudo relacionado a televisão está experimentando queda", afirma.

Os dois jogos de melhor audiência na Globo este ano tiveram o Corinthians  e a Libertadores como protagonistas: contra Tijuana (México) e Millonarios (Colômbia), a emissora marcou 24 pontos. Já o pior Ibope veio do Paulistão, competição criticada pela extensão: Guarani x São Paulo marcou 8 pontos.

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Já na Bandeirantes, que não transmite a competição continental, a melhor audiência veio em um clássico paulista: São Paulo 1 x 2 Corinthians, no final de março, deu 8 pontos. A pior foi em um jogo da Liga dos Campeões da Europa: Paris Saint-Germain (França) x Valencia (Espanha), pelas oitavas de final, marcou 3,5 no Ibope.

Comentarista aprova convidados especiais

Uma das estratégias usadas pela Globo para tentar subir seus números do futebol foi repetir uma ideia do final dos anos 1990: levar convidados especiais, como músicos e atores, para comentar as partidas com Galvão Bueno, Cléber Machado e cia.

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