Hora certa do Pataquito Aquiraz - CE

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

5 DE NOVEMBRO DIA DO RADIOAMADOR

TRIBUNA DO RADIOAMADOR
QT C INFORMATIVO Nº 45/2010
NADA DE NOBEL PARA O BRASIL
Por Hélio Passos - PT7CR

Volta-se a falar em Nobel para o Brasil. Difícil, sim, porém juro que vou tentar. Droga, será que eu mereço? Sonho com o literário, já prefaciado pelo genial Tiririca. O Chile tem dois (Gabriela Mistral e Pablo Neruda) e a Colômbia tem um (Gabriel Garcia Márquez).
Convenhamos, países bem mais subdesenvolvidos do que nós. Mas, para a Academia Sueca, o Brasil não existe, nem eu existo. A propósito, lembro Hemingway agradecendo o Prêmio Nobel de Literatura (1954) onde define a luta do escritor, todos os dias, ao sentar à mesa de trabalho, desafia a eternidade e sabe que, se perder, só lhe restará o vazio do esquecimento.
Eu mesmo, com minhas obras-primas, já tentei o Nobel e até ofereci meu cérebro, a preço de liquidação, ao Instituto Oswaldo Cruz, para ver quantos ratos ele alimentaria por uma semana. Nem bolas. Mas eu acho que o escritor não depende desse desafio nem da obstinação em alcançar a eternidade. Esta, para ser alcançada, depende de fatores circunstanciais, como o meio e o momento.
O que é essencial, no meu entender, é a fidelidade à vocação, que leva o escritor sentar-se à mesa, e escrever, e escrever, à revelia da recompensa que lhe possa advir com a sua escrita. Não lembro quem disse que o escritor deveria escrever um único livro, tirar dele um único exemplar e dedicá-lo a uma única mulher. Na verdade, publicava o livro, tirava dele um único exemplar, oferecia-o a uma única mulher. Os outros exemplares, postos nas livrarias, espalhados pelo mundo, só existiriam para pagar as despesas daquele livro singular. Desconfio que o Nobel do Brasil ainda vai demorar, apesar de Carlos Heitor Cony (foto), João Ubaldo Ribeiro, Monteiro Lobato, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, eu e mais uns dois ou três nomes de ouro da literatura brasileira. O Nobel foi criado em 1901, sete anos antes da morte de Machado, nosso escritor maior, e nem ele entrou. Mas vou me mobilizar. Esperem só. Tenho esperanças de alcançar pelo menos o igNobe


DIA DO RADIOAMADOR
05 DE NOVEMBRO

A necessidade inerente aos seres humanos de se comunicar o mais rápido possível levou, em 1835, Samuel Morse a criar um código, que através da interrupção da corrente elétrica com intervalos curtos (pontos) e longos (traços) tornaria possível a comunicação remota entre indivíduos, nascendo a telegrafia, em inglês CW. Este código em homenagem ao seu criador é denominado Código Morse.

Com a criação em 1906, nos Estados Unidos da América, de uma rede telegráfica costeira para tráfego operacional, seus operadores, em momentos de folga, a usavam para conversação informal. Esta atividade cada vez mais intensa podemos citar como o início da atividade radioamadorística em telegrafia, que só foi regularizada uma década após.

A comunicação através da palavra humana utilizando as ondas eletromagnéticas de rádio foi inventada pelo brasileiro Padre Roberto Landell de Moura. Convém citar que o rádio inventado pelo italiano Guglielmo Marconi só transmitia e recebia sinais de telegrafia, aqueles criados por Morse.

Alguns autores citam que o gaúcho Landell de Moura começou suas experiências a partir de 1893/4 ainda não comprovado, porém comprovadamente efetuou uma demonstração pública acompanhada, inclusive, por autoridades estrangeiras, no dia 03 de junho de 1900, na cidade de São Paulo, feito noticiado pelo ‘’Jornal do Comércio’’ de 10 de junho de 1900:

‘’ No Domingo próximo passado, no alto de Santana, cidade de São Paulo, o Padre Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção, no intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço (...), as quais foram coroadas de brilhante êxito (...) assistiram a esta prova, entre outras pessoas, o Sr. P.C.P. Lupton, representante do Governo britânico, e sua família’’.

As autoridades brasileiras de então e a imprensa não deram valor as experiências de Landell de Moura. Como foi ressaltado pela imprensa no jornal “La voz de España”, editado em São Paulo, do dia 16 de dezembro de 1900. Isto, porém nada o desanimou, sendo que em 09 de março de 1901 obteve para os seus inventos a patente brasileira n° 3.279 e em 11 de outubro de 1904, após muito sacrifício pessoal, a patente n° 771.917, do ‘’The Patent Office of Washington’’, para um transmissor de ondas; em 22 de novembro de 1904, patente n° 775.337 para um telefone sem fio e a de nº 775.846 para um telégrafo sem fio.

As anotações feitas por Roberto Landell de Moura por ocasião de seus estudos e experimentos foram minuciosamente estudadas pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, da antiga TELEBRÁS, tendo se concluído pela validade de suas teorias. Este centro leva o nome de Padre Landell de Moura. Os originais destas anotações estão guardados no Museu Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

Seus estudos e seus inventos levaram a aparecer outros brasileiros que desejavam transmitir e receber a voz humana emitida de locais cada vez mais distantes. Surgem desta forma os primeiros radioamadores e por não ser uma atividade regulamentada eram considerados clandestinos.

São Paulo e Rio de Janeiro foram os primeiros Estados do Brasil a possuírem radioamadores, seguidos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Pará.

Pesquisas nos indicam que o primeiro radioamador brasileiro foi Lívio Moreira, em 1909. Ele era telegrafista profissional do Departamento de Correios e Telégrafos. Usava o indicativo SB-3IG.

Mais tarde em 1922 surgiu Demócrito Seabra que usava o indicativo SB-2AJ, Seu cartão ostentava as letras WS, abreviatura “wireless station”, nome pelo qual eram denominadas as estações que operavam a bordo de navios. Pouco antes de Demócrito surgiu José Jonotskoff de Almeida Gomes, que operou a estação de “broadcasting” da Westinghouse, instalada no Alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, de onde transmitiu, em 1922, numa demonstração, para o recinto da Exposição do Centenário da Independência do Brasil.

Verificamos que o Radioamadorismo existia no Brasil desde 1909, mas não era regulamentado, naquela época eram perseguidos pelas autoridades, por serem considerados clandestinos em uma atividade que era considerada privativa do Estado, particularmente das Forças Armadas.

Em 05 de novembro de 1924, ou seja, exatamente há setenta e sete anos passados, o Governo Brasileiro pelo Decreto n° 16.657, que passou a legislar sobre o Serviço de Radioamadorismo, reconhece o Radioamadorismo, tirando da clandestinidade os seus praticantes e obrigando-os a submeter-se a exames para obter a sua licença.

Os primeiros exames foram realizados pelo antigo DCT em janeiro de 1925, no Rio de Janeiro, e em fevereiro de 1926, em São Paulo.

Na década de trinta surgem no Brasil duas entidades reunindo estes praticantes: uma em São Paulo e outra na Capital da Republica, o Rio de Janeiro, sendo que em 02 de fevereiro de 1934 estas se uniram e foi criada a LIGA DE AMADORES BRASILEIROS DE RADIOEMISSÃO – LABRE, hoje Confederação Brasileira de Radioamadorismo, como a legitima e única representante dos radioamadores brasileiros, tanto no âmbito nacional como internacional, até os dias de hoje.

Em 29 de junho de 1943, pelo Decreto-Lei nº 5.629, o Governo Brasileiro considerando o trabalho desenvolvido por estes abnegados concidadãos, que sempre que são chamados a colaborar estão prontos e não medem esforços para melhor o fazer, considera os radioamadores reservistas do Exército e da Aeronáutica, reserva especial da Forças Armadas, dando-lhes algumas regalias e considerando a sua entidade, a LABRE, como Associação Civil de Utilidade Pública.

Os tempos passam, as ciências evoluem, mas os Radioamadores continuam a ser aqueles experimentadores científicos e de suas atividades novos inventos vem trazer melhorias para a humanidade.

O correio eletrônico da Internet de hoje nada mais é que uma decorrência das rudimentares estações de ‘’packet radio”, ou simplesmente estações de radio pacote.

Muitos gostam de afirmar que a evolução da informática fez diminuir o desenvolvimento do Radioamadorismo, não somos seguidores desta afirmativa muito pelo contrário, aceitamos dizer que esta evolução veio complementar a atividade radioamadorística.

O dia 5 de Novembro foi escolhido para ser comemorado o Dia do Radioamador Brasileiro por uma decisão unânime do antigo Conselho Federal da LABRE, como preito de gratidão ao Presidente Arthur Bernardes pelo seu Decreto de 1924.

RADIOAMADORISMO é CIÊNCIA, ESPORTE e CULTURA.

Ciência: pelos constantes estudos, experimentos e pesquisas dos seus praticantes e, principalmente, pela difusão ininterrupta e constante de seus resultados no nosso próprio meio e mesmo no mundo científico.

Esporte: pelas diversas competições existentes, seja de âmbito municipal, estadual, nacional ou internacional, ocasião em que se confrontam esportiva e lealmente indivíduos de todas as camadas sociais e profissionais das sociedades nacional ou internacional. Não se espantem se em breve o radioamadorismo vier a se constituir em uma das modalidades olímpicas.

Cultura: pela troca constante de informações das mais diversas naturezas entre seus praticantes, sem, contudo serem abordados assuntos religiosos, políticos e comerciais, salutar entretenimento em que fala sobre a sua localidade (bairro, município, região e país), sua gente, seus costumes, sua língua, seus divertimentos, seus monumentos, seus fatos históricos, sendo que no ano passado, juntamente com a sua co-irmã portuguesa, a Rede de Emissores Portugueses – REP, a LABRE instituiu e distribuiu um maravilhoso diploma comemorativo dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, com a colaboração do Senado Brasileiro.

Podemos afirmar que os praticantes do Radioamadorismo são a melhor e a mais barata mão-de-obra que o País pode contar para complementar ou até mesmo suprir as suas necessidades de comunicações, haja visto a recente Portaria nº 302, de 24 de outubro próximo passado, do Ministério da Integração Nacional criando a Rede Nacional de Emergência de Radioamadores – RENER, como parte integrante do Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC, que breve será regulamentada, para tal foi criado um grupo de estudos constituído por integrantes da Defesa Civil e da LABRE.


Sinto-me envaidecido de estar aqui representando a única entidade reconhecida nacional e internacionalmente como a legitima representante dos radioamadores brasileiros, a LABRE, em nome da qual agradeço a gentileza dos Excelentíssimos Senhores Deputados da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo que com esta Sessão Solene homenageiam àqueles que têm como sentimento maior a preocupação no servir, sendo a sua máxima ‘’QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER”.

Salve o BRASIL. Salve a LABRE. Salve os RADIOAMADORES BRASILEIROS. Assim se expressavam os antigos radioamadores ao término de suas transmissões. Muito obrigado.

Francisco Ricardo Favilla – PT2RY
Diretor Executivo - LABRE
Presidente - LABRE-DF




OBRIGADO PAI-AMIGO SALES PX7-B-0168

SALES PT7-LP

LABRE CEARÁ

COMO CHEGUEI AO RADIOAMADORISMO, A HISTÓRIA É LONGA... UM DIA ELA IRÁ PARA AS FOLHAS DE UM LIVRO, NÃO É PROMESSA, MAS É UM DESEJO DE UM HOMEM COM GRANDES IDÉIAS UM DIA ESCREVER UM LIVRO. OS MEUS AGRADESCIMENTO AO MESTRE SALES (PT7-KP E PX7-B-0168) POR TER SIDO UM RADIOAMADOR QUE FOI O MEU MESTRE NA COMUNICAÇÃO. A ELE QUE ESTÁ NO UNIVERSO AO LADO DO PAI CELESTIAL, HOJE VIBRA COM A RODADINHA DOS APRESSADOS, RODADA QUE ELE FUNDOU E NESTE ANO DE 2010 FAZ 30 ANOS DE "QAP" NO CANAL 23-USB, A RODADA DO SALES, QUE TEM HOJE COMO NOSSO COORDENADOR DR. SARQUIS. TODOS QUE JUNTOS ESTAMOS "QAP OU QRV" HOMENAGIAMOS A TODOS OS RADIOAMADORES DO CEARÁ E DO BRASIL.
LEI DA ANTENA
LEI Nº 8.919 , DE 15 DE JULHO DE 1994
Dispõe sobre a instalação do sistema de antenas por titular de licença de
Estação de Radiocomunicação, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ao permissionário de qualquer serviço de radiocomunicação é assegurado o
direito de instalação da respectiva estação, bem como do necessário sistema ou conjunto
de antenas, em prédio próprio ou locado, observados os preceitos relativos às zonas de
proteção de aeródromos, heliportos e de auxílio à navegação aérea.

Parágrafo Único. O sistema ou conjunto de antenas deverá ser instalado por pessoa
qualificada, em obediência aos princípios técnicos inerentes ao assunto, observadas
as normas de engenharia e posturas federais, estaduais e municipais aplicáveis às
construções, escavações e logradouros públicos.

Art. 2º O permissionário de qualquer serviço de radiocomunicação é responsável pelas
despesas decorrentes da instalação do seu sistema ou conjunto de antenas, bem como
pela sua manutenção e por eventuais danos causados a terceiros.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 15 de julho de 1994; 173º da Independência e 106º da República.


ITAMAR FRANCO

Djalma Bastos de Morais



PERGUNTAS SOBRE A LEI DA ANTENA

1-O que é a Lei da Antena ?
R- A Lei da Antena é uma Lei Federal que regulamenta a instalação de antenas de
estação de radioamador. Por ser uma Lei Federal é mais importante do que Leis Estaduais
ou Municipais. Também é mais importante do que a Convenção do Condomínio e
Assembléia de Moradores. Uma Lei Federal é mais importante do que todas as outras leis,
só perde para a Constituição.

2-Em resumo, o que diz a Lei da Antena ?
R- A Lei da Antena assegura ao radioamador o direito de instalar o rádio e a sua antena.

3- Quantas antenas o radioamador tem o direito de instalar ?
R- O Artigo 1º da Lei estabelece o direito para um conjunto de antenas sem limitar a
quantidade. Este conjunto pode ter apenas uma antena ou muitas antenas dependendo
da necessidade.

4- O que é o "necessário sistema de antenas" conforme consta na Lei ?
R- A antena não funciona sozinha. Para funcionar corretamente, a antena requer, no mínimo,
um suporte e o cabo para ligar no rádio. Estas coisas formam o "sistema de antenas".
Além do suporte e do cabo, o sistema de antena pode ter também filtros, chaves, amplificadores,
baterias, coletor solar, tirantes, aterramentos, torres, etc. A Lei da Antena assegura o
direito de instalar todos os acessórios que formam o necessário sistema de antenas.

5- Quais são as restrições à instalação de antenas ?
R- Só existem 3 restrições para instalação de antenas: aeródromos, heliportos, e auxílio
à navegação aérea.
Não existem outras restrições legais.

6- Quais são as normas que o instalador de antenas deve respeitar ?
R- O instalador deve ter qualificação adequada ao grau de complexidade da instalação e
deve respeitar as normas de engenharia e as posturas aplicáveis às construções,
escavações e logradouros públicos. Por exemplo, não pode instalar a antena na
calçada de modo permanente.

7- Quem paga as despesas de colocação da antena?
R- Todas as despesas relativas à instalação, manutenção e retirada da antena são pagas
pelo dono da antena.

8- A Lei da Antena é a única lei que trata de instalações de rádio ?
R- Não. A Lei no. 8919, de 15 de julho de 1994, da Presidência da República, conhecida
como Lei da Antena, está acompanhada da seguinte legislação:

- O Decreto no. 91836, de 24 de outubro de 1985, da Presidência da República,
aprova o Regulamento do Serviço de Radioamador;
- O Decreto no. 1316, de 25 de novembro de 1994, da Presidência da República,
altera o Regulamento do Serviço de Radioamador;
- A Portaria no. 1278, de 28 de dezembro de 1994, do Ministério das Comunicações,
aprova a Norma de Execução do Serviço de Radioamador

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