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terça-feira, 2 de março de 2010

As forças ocultas na decisão do 1º turno

             O REPÓRTER DA CLUBE, NODGE NOGUEIRA FALA DAS FORÇAS OCULTAS

NODGE NOGUEIRA,REPÓRTER DO FORTALEZA.

Foi uma decisão para ninguém botar defeito, nem mesmo o Guarany, que já havia reservado um local para o troféu no ônibus da Rápido Sobralense.

Equipe bugrina pecou pela soberba, enveredando no segundo tempo pelo perigoso caminho do menosprezo ao adversário. Fosse o seu oponente um time qualquer, tudo bem, no máximo assustaria, mas quem estava do outro lado era o Fortaleza, que já provou inúmeras vezes que é time de chegada, principlamente com os brios feridos por um olé imtempestivo e inconsequente ensaiado pelo time da zona norte, quando ainda restavam 25 minutos.
A saída do baixinho Clodoaldo deve ter sido comemorada pelos tricolores, entretanto não se pode creditar a derrocada rubronegra apenas à ausencia do polêmico meia. Todos sabem que o baixinho não suporta 90 minutos, não tem mais pique para isso. Poderia até ainda perturbar a defesa tricolor mais uns dez minutos, no entanto todos já acreditavam que a fatura estava liquidada.
Por que crucificar o treinador Neto Maradona por ter tirado Clodoaldo, se após sua saída o Guarany fez mais um gol e ainda perdeu dois gols feitos? Então como Clodô poderia impedir a reação tricolor? Ele não é zagueiro. Além do mais o time das “forças ocultas” sem ele poderia ter fechado o caixão leonino com uma goleada de 6 ou 7 a 1.
Mas é exatamente aí onde reside a diferença entre o grande e o intermediário ou pequeno. Na hora da decisão a camisa pesa. Os dois gols do Fortaleza em sequencia, com Guto aos 32 e Rinaldo aos 34 anestesiaram o time do interior, que acabou cedendo o empate e foi para a decisão nos penaltis arrasado psicologicamente.
E não deu outra. Mesmo com Rinaldo cobrando nas nuvens, o Guarany mais uma vez não soube tirar proveito da vantagem e jogou pro ar uma conquista que já não vem há quarenta anos.
Parabéns ao Guarany, que mesmo contando com as forças ocultas do seu lado, tendo em vista que o único erro da arbitragem o favoreceu, com a não marcação de um penalti claro em Paulo Isodoro no final do primeiro tempo, mereceu chegar na final, no entanto não estava preparado para a conquista.
Parabéns mais ainda para o Fortaleza, que com garra, determinação e humildade, soube tirar proveito da fraqueza do adversário e reagiu de forma surpreendente, conseguindo o impossível, que no futebol cada vez mais se torna possível.
Fica apenas um recado aos nossos analistas e comentaristas. Ao analisarem o jogo, não esqueçam que o vencedor do turno foi o Fortaleza, pois alguns elogiam tanto o Guarany que acabam esquecendo quem saiu vitorioso.
O time do Guarany merece todos os encômios, mas a vitória leonina não se deu apenas pelos erros do bugre não? Ou será que não existe nenhum mérito em se marcar tres gols em quinze minutos e sair de campo com um rsultado que ninguém mais acreditava, apenas eles jogadores?
Vamos esquecer um pouco a paixão e rechear os comentários com uma dose de razão, pois assim ganharão credibilidade.

Um forte abraço.

Nodge Nogueira

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